Foi-se o tempo em que tirar boas notas era a única forma de medir as habilidades de um aluno.
É claro que isso não significa que os estudantes que desrespeitam professores em sala de aula e, consequentemente, não alcançam boas notas na prova, sejam exemplos a serem seguidos e valorizados dentro do ambiente escolar (sejamos coerentes, ok?).
No entanto, essa fúria incessante de avaliar crianças por meio de um método único e engessado tem transformado nossos pequenos seres de luz em máquinas de fazer exercícios, de escrever e, futuramente, de trabalhar.
(Teorias conspiratórias, neste caso, não são mera coincidência.)
Estudos sobre as Inteligências Múltiplas, por exemplo, provam que existem muitas outras maneiras de medir as capacidades e competências do aluno, dentro e fora de sala de aula:
Nós também já falamos sobre o que aconteceu com um menino que simplesmente “pulou fora” do sistema tradicional de ensino.
UMA CARTA ESPECIAL
Sabendo disso, a professora Jane Clarkson, de uma escola infantil do Reino Unido, teve uma atitude muito especial ao comunicar as notas baixas do seu aluno autista de 11 anos, Ben Twist.
Apesar de ter dado o seu melhor nas provas, seus resultados não foram satisfatórios – de acordo com o sistema tradicional.
A carta que a doce Jane mandou para Ben e seus pais tocou o coração de milhares de pessoas que viram o texto no Twitter da professora e deixou a mãe do menino em lágrimas.
PREPARE-SE PARA UMA EXPLOSÃO DE BONDADE, TOLERÂNCIA E AMOR:
É claro que isso não significa que os estudantes que desrespeitam professores em sala de aula e, consequentemente, não alcançam boas notas na prova, sejam exemplos a serem seguidos e valorizados dentro do ambiente escolar (sejamos coerentes, ok?).Foi-se o tempo em que tirar boas notas era a única forma de medir as habilidades de um aluno.
No entanto, essa fúria incessante de avaliar crianças por meio de um método único e engessado tem transformado nossos pequenos seres de luz em máquinas de fazer exercícios, de escrever e, futuramente, de trabalhar.
(Teorias conspiratórias, neste caso, não são mera coincidência.)
Estudos sobre as Inteligências Múltiplas, por exemplo, provam que existem muitas outras maneiras de medir as capacidades e competências do aluno, dentro e fora de sala de aula:
Nós também já falamos sobre o que aconteceu com um menino que simplesmente “pulou fora” do sistema tradicional de ensino.
UMA CARTA ESPECIAL
Sabendo disso, a professora Jane Clarkson, de uma escola infantil do Reino Unido, teve uma atitude muito especial ao comunicar as notas baixas do seu aluno autista de 11 anos, Ben Twist.
Apesar de ter dado o seu melhor nas provas, seus resultados não foram satisfatórios – de acordo com o sistema tradicional.
A carta que a doce Jane mandou para Ben e seus pais tocou o coração de milhares de pessoas que viram o texto no Twitter da professora e deixou a mãe do menino em lágrimas.
PREPARE-SE PARA UMA EXPLOSÃO DE BONDADE, TOLERÂNCIA E AMOR:
Tradução livre:
“Querido Ben,
Estou escrevendo para te parabenizar pela sua atitude e sucesso ao completar seu ano letivo.
Gil, Lynn, Angela, Steph e Anne trabalharam muito bem com você este ano e você fez progressos maravilhosos.
Escrevi para você e seus pais para contar a vocês o resultado das provas.
Uma parte muito importante: quero que você entenda que essas provas medem apenas um pequeno pedacinho seu e de suas habilidades. Elas são importantes e você as fez muito bem, mas o Ben Twist é feito de muitas outras habilidades e talentos que nós, aqui da escola Lansbury Bridge, vimos e medimos de outras maneiras.
Outros talentos que você tem e que essas provas não medem, incluem:
– Seu talento artístico;
– Sua habilidade de trabalhar em grupo;
– O desenvolvimento da sua independência;
– Sua bondade;
– Sua habilidade de expressar opiniões;
– Suas habilidades esportivas;
– Sua habilidade de fazer e manter amigos;
– Sua habilidade de discutir e avaliar seu próprio progresso;
– Seu planejamento e construção de talentos;
– Sua habilidade musical.
– Sua habilidade de trabalhar em grupo;
– O desenvolvimento da sua independência;
– Sua bondade;
– Sua habilidade de expressar opiniões;
– Suas habilidades esportivas;
– Sua habilidade de fazer e manter amigos;
– Sua habilidade de discutir e avaliar seu próprio progresso;
– Seu planejamento e construção de talentos;
– Sua habilidade musical.
Nós estamos muito satisfeitos com todos esses diferentes talentos e habilidades que fazem de você essa pessoa especial e essas são todas as coisas que mensuramos que nos asseguram o fato de você estar sempre progredindo e continuando seu desenvolvimento como um adorável e brilhante homenzinho.
Muito bem, Ben. Nós estamos muito orgulhosos de você.
Felicidades!
Senhora Clarkson.”
Senhora Clarkson.”
“Esta carta é incrível!”, disse Ben, quase não acreditando no que tinha acabado de ler!
É muito bom saber que existem no mundo professores como a Jane, que têm a sensibilidade de observar que os alunos não são medidos apenas pelos números que alcançam em suas provas, mas sim por todas as outras habilidades que fazem delesseres humanos.
Se a escola tem a sorte de ter estudantes brilhantes como Ben, ele também tem muita sorte de ter professores amáveis em seu caminho, como Jane.
Gestos como esse podem fazer toda a diferença no destino de uma criança.
Eu, que também sou professora, me sinto profundamente inspirada por essa atitude linda!
Fonte: brightside.me.
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Deite os seus filhos lendo um livro, não vendo televisão
Não há nada tão terapêutico e reconfortante quanto conseguir que uma criança adormeça enquanto lemos um livro para ela. A experiência da escuta é fundamental também para o seu domínio de leitura. Além disso, através da nossa voz levamos nossos filhos a um universo fantasia e aventuras onde o seu cérebro encontra calma e o convite para continuar sonhando feliz enquanto dorme.
Francesco Tonucci é um notável pedagogo italiano que baseou todos os seus trabalhos no estudo do desenvolvimento cognitivo das crianças pequenas. Para ele, algo tão simples quanto desligar a televisão e ler um livro para os nossos filhos é criar os grandes leitores do dia de amanhã. Além disso implica em aproximá-los a um valor que os tornará livres, mais curiosos e certamente, dignos herdeiros do legado que os bons livros nos deixam.
As crianças se transformam em grandes leitores no
colo dos seus pais, por isso, não duvide em ser
o melhor exemplo, deixe que vejam você se
mergulhar em um mar de letras para que elas
nadem em um mar de sonhos…
Um livro aberto é um cérebro que fala e uma
mente que ouve
Embora seja verdade que às vezes estamos cansados e que é mais fácil se reunir na frente da televisão nas últimas horas do dia, pense que a infância dos seus filhos é muito breve, e o melhor momento “sempre é agora”. Aproveite cada segundo e cada instante, faça deles os seus cúmplices frente a um livro, deixe que o sono os vença no seu colo enquanto você chega ao fim dessa história.No dia de amanhã eles agradecerão…
Um dos problemas que costumamos ter com as crianças no que se refere a leitura é
que muitos se aproximam dos livros por obrigação escolar e não por prazer.
Isto não deveria ser assim. O bom leitor se aproxima pela primeira vez a esses oceanos
de letras na sua infância por pura curiosidade e sutil desafio.
A leitura, como o amor, é a pedra ideal para afinar a alma.
Não há nada tão terapêutico e reconfortante quanto conseguir que uma criança adormeça enquanto lemos um livro para ela. A experiência da escuta é fundamental também para o seu domínio de leitura. Além disso, através da nossa voz levamos nossos filhos a um universo fantasia e aventuras onde o seu cérebro encontra calma e o convite para continuar sonhando feliz enquanto dorme.
Francesco Tonucci é um notável pedagogo italiano que baseou todos os seus trabalhos no estudo do desenvolvimento cognitivo das crianças pequenas. Para ele, algo tão simples quanto desligar a televisão e ler um livro para os nossos filhos é criar os grandes leitores do dia de amanhã. Além disso implica em aproximá-los a um valor que os tornará livres, mais curiosos e certamente, dignos herdeiros do legado que os bons livros nos deixam.
colo dos seus pais, por isso, não duvide em ser
o melhor exemplo, deixe que vejam você se
mergulhar em um mar de letras para que elas
nadem em um mar de sonhos…
Um livro aberto é um cérebro que fala e uma
mente que ouve
Embora seja verdade que às vezes estamos cansados e que é mais fácil se reunir na frente da televisão nas últimas horas do dia, pense que a infância dos seus filhos é muito breve, e o melhor momento “sempre é agora”. Aproveite cada segundo e cada instante, faça deles os seus cúmplices frente a um livro, deixe que o sono os vença no seu colo enquanto você chega ao fim dessa história.No dia de amanhã eles agradecerão…
mente que ouve
Um dos problemas que costumamos ter com as crianças no que se refere a leitura é
que muitos se aproximam dos livros por obrigação escolar e não por prazer.
Isto não deveria ser assim. O bom leitor se aproxima pela primeira vez a esses oceanos
de letras na sua infância por pura curiosidade e sutil desafio.
que muitos se aproximam dos livros por obrigação escolar e não por prazer.
Isto não deveria ser assim. O bom leitor se aproxima pela primeira vez a esses oceanos
de letras na sua infância por pura curiosidade e sutil desafio.
A leitura, como o amor, é a pedra ideal para afinar a alma.
Algo tão simples como dar à criança a liberdade na hora de escolher a sua leitura é uma coisa que sempre traz bons resultados, mas é ainda melhor quando nós agimos como modelo. De fato, para Tonucci, não há melhor brinquedo que um livro e não existe maior acerto do que favorecer a capacidade de escuta das crianças ouvindo-nos ler.
Algo tão simples como dar à criança a liberdade na hora de escolher a sua leitura é uma coisa que sempre traz bons resultados, mas é ainda melhor quando nós agimos como modelo. De fato, para Tonucci, não há melhor brinquedo que um livro e não existe maior acerto do que favorecer a capacidade de escuta das crianças ouvindo-nos ler.
Os benefícios da leitura relaxada
Graças a um trabalho conduzido pela “American Academy of Pediatrics” foi feita uma descoberta importante: as crianças entre 2 e 6 anos não deveriam estar expostos à televisão ou a dispositivos eletrônicos durante mais de uma hora por dia. Dos 7 aos 12 anos de idade, deveríamos controlar que não excedam as 2 horas.
Segundo este estudo, a visão prolongada da televisão ou do computador pode desenvolver um déficit de atenção nos pequeninos. Isto se deve ao fato do córtex frontal, ainda imaturo nas crianças, ficar super ativado com as ondas eletromagnéticas.
Deixar que os nossos filhos durmam assistindo televisão não é precisamente a coisa mais terapêutica, apesar de nós mesmos fazermos isto com freqüência. Falamos de educação, pedagogia e antes de mais nada de saúde infantil, por isso, antes de deixar que o sono os leve diante da TV ou do tablet, é preciso colocar em prática a boa arte da leitura relaxada.
- Não importa que os seus filhos ainda não tenham adquirido a competência da leitura e da escrita ou que já estejam conseguindo as suas primeiras conquistas. Sentar-se com eles na cama e começar a ler para eles irá trazer um benefício enorme para o seu desenvolvimento neuronal e emocional.
- A leitura relaxada aumenta o fluxo de sangue para o cérebro, traz bem-estar à criança além de uma calma muito gratificante apropriada para este último instante do dia.
- A área do cérebro que mais é estimulada no processo de “escuta” é a área pré-frontal,indispensável para desenvolver e potencializar muitos processos cognitivos nas crianças: a atenção, a imaginação e os raciocínios mais complexos.
Ler para os seus filhos uma história ou livro com uma mensagem exemplar ou um bom raciocínio moral pode potencializar a sua empatia e o respeito por seus semelhantes. Vale a pena.
Graças a um trabalho conduzido pela “American Academy of Pediatrics” foi feita uma descoberta importante: as crianças entre 2 e 6 anos não deveriam estar expostos à televisão ou a dispositivos eletrônicos durante mais de uma hora por dia. Dos 7 aos 12 anos de idade, deveríamos controlar que não excedam as 2 horas.
Segundo este estudo, a visão prolongada da televisão ou do computador pode desenvolver um déficit de atenção nos pequeninos. Isto se deve ao fato do córtex frontal, ainda imaturo nas crianças, ficar super ativado com as ondas eletromagnéticas.
Deixar que os nossos filhos durmam assistindo televisão não é precisamente a coisa mais terapêutica, apesar de nós mesmos fazermos isto com freqüência. Falamos de educação, pedagogia e antes de mais nada de saúde infantil, por isso, antes de deixar que o sono os leve diante da TV ou do tablet, é preciso colocar em prática a boa arte da leitura relaxada.
- Não importa que os seus filhos ainda não tenham adquirido a competência da leitura e da escrita ou que já estejam conseguindo as suas primeiras conquistas. Sentar-se com eles na cama e começar a ler para eles irá trazer um benefício enorme para o seu desenvolvimento neuronal e emocional.
- A leitura relaxada aumenta o fluxo de sangue para o cérebro, traz bem-estar à criança além de uma calma muito gratificante apropriada para este último instante do dia.
- A área do cérebro que mais é estimulada no processo de “escuta” é a área pré-frontal,indispensável para desenvolver e potencializar muitos processos cognitivos nas crianças: a atenção, a imaginação e os raciocínios mais complexos.
Ler para os seus filhos uma história ou livro com uma mensagem exemplar ou um bom raciocínio moral pode potencializar a sua empatia e o respeito por seus semelhantes. Vale a pena.
A leitura relaxada, um vínculo de carinho entre pais,
mães e filhos
Leia para os seus filhos sem pensar que você está perdendo tempo ou que você tem muitas coisas para fazer além disso. Permita que o tempo se detenha e agarre-os, deixe que a emoção desse livro os envolva e que a sua voz cative o coração do seu filho.
Nenhum presente poderá superar esses momentos de leitura compartilhada, nesses lugares inventados onde os sonhos, as aventuras e os mistérios aceleram a sua imaginação enquanto a sua respiração ganha compasso pouco a pouco e lentamente, a medida que chega o sono e, simplesmente, se rende.
A leitura relaxada na última hora do dia é um modo maravilhoso de educar as suas mentes e de permitir que o seu cérebro amadureça em equilíbrio. Os livros são um legado que se compartilha entre pais e filhos, e nada deveria substituí-los, menos ainda a televisão ou as novas tecnologias.
http://amenteemaravilhosa.com.br/deite-filhos-lendo-livro-nao-vendo-televisao/
Leia para os seus filhos sem pensar que você está perdendo tempo ou que você tem muitas coisas para fazer além disso. Permita que o tempo se detenha e agarre-os, deixe que a emoção desse livro os envolva e que a sua voz cative o coração do seu filho.
Nenhum presente poderá superar esses momentos de leitura compartilhada, nesses lugares inventados onde os sonhos, as aventuras e os mistérios aceleram a sua imaginação enquanto a sua respiração ganha compasso pouco a pouco e lentamente, a medida que chega o sono e, simplesmente, se rende.
A leitura relaxada na última hora do dia é um modo maravilhoso de educar as suas mentes e de permitir que o seu cérebro amadureça em equilíbrio. Os livros são um legado que se compartilha entre pais e filhos, e nada deveria substituí-los, menos ainda a televisão ou as novas tecnologias.
http://amenteemaravilhosa.com.br/deite-filhos-lendo-livro-nao-vendo-televisao/
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Escolas ensinam a lidar com as emoções
No fim do ano, escolas não esperam que os alunos tenham aprendido só a fazer contas, interpretar um texto ou saber o nome dos Estados brasileiros.
Colégios particulares e da rede estadual de São Paulo estão adotando estratégias para que desenvolvam habilidades socioemocionais, como cooperação, empatia, senso crítico e curiosidade.
"Essas habilidades estão intimamente ligadas às cognitivas. São elas que potencializam e aprofundam o aprendizado. A escola que decide trabalhar o lado socioemocional precisa mudar a sua estrutura, suas aulas. Porque esse não é um trabalho intuitivo, ele precisa ser planejado", observa Márcia Almirall, orientadora pedagógica do Colégio Santa Maria, na zona sul de São Paulo.
No ano passado, a escola capacitou os professores para que as práticas pedagógicas fossem alteradas em sala de aula. Para os alunos do fundamental 1 (do 1º ao 5º ano), as carteiras foram alteradas para facilitar o trabalho em grupo. Os docentes também são estimulados a darem aula em locais diferentes, como no pátio ou no jardim.
"Em todas as disciplinas é possível desenvolver as habilidades socioemocionais, se nos planejarmos. Então, nas aulas de matemática, todos trabalham em grupos. Em português, fazem rodas de conversa para discutir a disciplina. Em tudo dá para trabalhar, se soubermos estimular os alunos da maneira correta", afirma Márcia.
O ensino socioemocional foi adotado em 2015, de forma experimental, em 17 escolas da rede estadual. Para este ano, o número subiu para 145, todas com período integral e ensino fundamental 1. "Estamos consolidando a ideia de que não é possível fazer um bom trabalho sem focar nessas habilidades (socioemocionais). Com o tempo, esse projeto vai ser ampliado para todas as unidades", diz Ghisleine Trigo, coordenadora de gestão da Educação Básica da Secretaria Estadual de Educação.
Suporte
A ideia ao desenvolver habilidades socioemocionais nas crianças é dar ferramentas para que consigam lidar da melhor forma em situações de conflito e assim reduzir a vulnerabilidade dos estudantes. A escola estadual Professora Irene Ribeiro, na Vila Carrão, zona leste, foi uma das que recebeu o projeto no ano passado. Todos os professores foram capacitados para o novo modelo, aplicado em todas as disciplinas.
Elaine Carapiá, que dá aula para o 3ºano, conta que as mudanças fizeram com que o professor se tornasse uma peça menos central na sala de aula e mais um mediador para que os alunos tivessem mais espaço para tirar dúvidas e aprender com os colegas. As aulas também falam sobre os sentimentos e como lidar com eles.
"Eles vivenciam situações muito difíceis em casa que podem impactar o aprendizado. Outro dia um estudante disse que os pais estavam brigando e jogaram as alianças no lixo. O menino, de 7 anos, começou a cantar e aconselhou os pais a se acalmarem. Ele aprendeu na escola que, quando se está nervoso, é importante respirar e disse isso para os pais em um momento de conflito", relata Elaine.
Em todo início de aula, os alunos se sentam em uma roda para falar como estão se sentindo. Segundo ela, é importante estimular as crianças a se expressarem para ganhar confiança. "Mudamos muita coisa. Não temos mais apenas uma relação entre aluno e professor, mas entre seres humanos."
Preconceito
No colégio Pio XII, na zona oeste, os adolescentes do ensino fundamental 2 (do 6º ao 9º ano) têm uma vez por semana uma aula em que são estimulados a trabalhar com as emoções e a abordar temas em que podem ter preconceitos. A disciplina utiliza dinâmicas em grupo e exercícios em que a turma conta histórias ou assiste a filmes sobre temas como a morte ou as drogas.
"Percebemos que, quando eles entendem o que sentem nas mais diversas situações, se tornam mais tolerantes, prestativos, têm mais empatia com os colegas", afirma a psicóloga e professora Patricia Prado.
Para ela, como as crianças passam a maior parte do tempo no colégio e desenvolvem as primeiras relações sociais no ambiente escolar, é responsabilidade dos colégios não só transmitir conhecimento, mas também valores morais e éticos. "Além disso, um aluno que possa ter problemas em casa ou em se relacionar com os colegas, e não sabe como lidar com essas situações, vai ter queda no rendimento escolar."
No colégio Eduque, na zona sul da capital, estudantes do ensino fundamental 1 também contam com aulas voltadas para essas habilidades, uma vez por semana. Com livros e histórias, os professores desencadeiam discussões sobre as emoções.
"Com repertórios leves e lúdicos, ensinamos a entender o que é sentir raiva, tristeza, solidão, felicidade. Com esse conhecimento, eles se tornam mais respeitosos e compreensivos com os colegas", observa a coordenadora pedagógica Lucelena Martins de Souza.
Ao abordar esses temas, Lucelena considera que os docentes abrem um canal de confiança e diálogo com os alunos. "Quando eles têm um problema, sabem que podem contar para nós, que vamos ajudar. Assim, ninguém fica excluído ou sem a atenção devida."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.brasilpost.com.br/2016/03/14/escolas-emocoes_n_9457830.html